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O poder do trabalho bem feito

Publicado em 12/09/2022

Tenho a sensação de estarmos vivendo dias cada vez mais corridos, com o tempo passando depressa - no trabalho, em casa e em nossas relações. Será que, mesmo nesse mundo acelerado, é possível agirmos com excelência em nossas tarefas e funções?

Eu acredito que sim! Dias atrás, vivi um episódio que demonstra essa prática, ao contratar os serviços de um especialista em vidraçaria e esquadrias - o Vagner (meu amigo, diga-se de passagem).

Na hora marcada, ele chegou ao meu apartamento, no qual já tinha autorização para entrar com o carro e desembarcar seus materiais de trabalho. Eu estava atarefado, resolvendo algumas pendências de clientes, quando Vagner tocou a campainha carregando algumas peças que iria instalar. Até aqui, sem novidades.

Desci com ele até o seu veículo, para ajudar com o restante dos materiais e a mala de ferramentas. Neste momento, um vizinho nos encontrou do lado de fora. Enquanto conversávamos, Vagner foi encontrar uma vaga na rua. Então, o vizinho perguntou se Vagner tinha um cartão de visita - achei legal a atitude e até pensei ter sido apenas por educação, em reciprocidade à simpatia apresentada. Nada disso!

Para minha surpresa, meu vizinho, muito observador, comentou: “Fiquei apenas reparando no zelo e cuidado com que esse rapaz lidava com seus instrumentos de trabalho, o uniforme impecável, a caixa de ferramentas, os materiais e tudo o mais que precisava para realizar seu serviço. Se ele é cuidadoso assim com as coisas dele, logo teria o mesmo comportamento com a minha casa. É raro encontrar gente tão cuidadosa – dá para ver de longe!”.

Sempre há alguém nos observando. Como nos versos do Capital Inicial: “O que você faz quando, ninguém te vê fazendo, ou o que você queria fazer se ninguém pudesse te ver...”.

Vagner não notou que estava sendo observado. Apenas agiu como de costume, com zelo e cuidado com as coisas e as pessoas. Contudo, isso vale para as boas e as más impressões. Se não estivermos atentos com cada detalhe de nossas atitudes, podemos frustrar nossos clientes ou associados.

Segundo Sócrates, “nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de agir, mas um hábito.” A gente se acostuma – com a excelência, mas também com a falta dela.

Situações assim são comuns: “Ah! Depois eu respondo isso aqui... tanta coisa pra fazer!”. Para você, pode ser o trigésimo atendimento do dia, mas para quem demanda, é o primeiro contato com você – e, talvez, até com a instituição da qual você faz parte. Qual imagem construímos a partir de atitudes como essa?

Escutar com atenção, ter empatia pela vida e história do outro, estar presente de verdade, sem distrações. Pequenos gestos que podem ser um ótimo começo no posicionamento de excelência. Atender e superar as expectativas do outro, pode parecer algo fora do comum. E realmente é, quando nos rendemos à pressa e nos permitimos estar desatentos.

Fazer o nosso melhor, em cada ação do dia a dia, só gera benefícios, para todos os envolvidos. Pode reverter um novo negócio, a indicação de novos clientes ou associados, a percepção de valor por parte da liderança, a autossatisfação pelo alto nível da entrega. Por isso, estejamos sempre atentos e conscientes para impactar positivamente a vida dos outros, através de nosso trabalho. Aliás, excelência é fonte de motivação. Eleva nosso patamar de autoexigência.

E você? Já pensou o que pode fazer ainda melhor a partir de agora?

 

Por Luís Caversan, educador, palestrante e diretor vice-presidente da Cooperativa Coletiva